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Gestão Lean e Sustentabilidade: um novo paradigma?

11 de dezembro de 2020
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A gestão lean, ou simplemente o lean, como é chamado no mercado, não é algo novo, já tendo sido implementado por diversas organizações no Brasil, e diversos outros países, ao longo das últimas décadas, com diferentes graus de sucesso.

Trata-se de um conjunto de práticas e disciplinas derivado do sistema criado originalmente na Toyota, o famoso STP (Sistema Toyota de Produção), que tem proporcionado uma enorme vantagem competitiva a esta empresa desde a década de oitenta.

Hoje são poucas as empresas que atingiram um nível de excelência operacional que as permite ser chamadas de empresas lean. Mas estas empresas contam agora com uma importante vantagem estratégica sobre seus concorrentes, após anos de insistência e energia empenhada na transformação cultural necessária.

Este é o maior motivo pelo qual a grande maioria das empresas ainda busca a implementação de um sistema de gestão baseado nos princípios da filosofia lean, capaz de promover a transformação necessária para que a organização atinja cada vez mais altos níveis de desempenho operacional.

Entretanto, a implementação do lean nas empresas brasileiras, especialmente desde meados da década de 2000, muitas vezes foi pautada pela busca de resultados imediatos em termos de melhoria de produtividade e, em menor grau, qualidade, além da busca pela eliminação de desperdícios. A principal razão é que estas são as métricas operacionais mais capazes de impactar a estrutura de custos no curto prazo, impactando mais rapidamente também os bônus dos executivos.

Porém, existe outro tipo de pressão que as empresas podem sofrer, da qual os executivos não podem escapar, e que dificilmente trazem impacto no curto prazo nos resultados financeiros de uma empresa. São as pressões de stakeholders externos, como organizações internacionais, governo ou a própria sociedade, que muitas vezes acabam traduzindo-se em novas exigências regulamentares que, se não cumpridas, podem resultar em multas e dificuldade de acesso a financiamento ou afastar novos investidores.

Um exemplo recente é a pressão externa que o Brasil vem sofrendo no cenário internacional, quanto a  seu compromisso com a preservação do meio ambiente,  assunto que ganhou repercussão internacional após as recentes queimadas nas regiões do Pantanal e Amazônica.  Cabe ressaltar que o compromisso esperado pelos países da comunidade internacional, no que se refere à sustentabilidade e responsabilidade social, faz parte dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da ONU.

Voltando ao assunto do lean, cabe aqui uma reflexão: será que a busca pela melhoria de suas métricas tradicionais, com foco no aumento da rentabilidade das empresas, ainda faz sentido sem considerarmos a sustentabilidade?

Nós da LLAB acreditamos que não, e trabalhamos para encontrar sinergias entre o modelo tradicional de implementação do lean nas empresas e o desenvolvimento de todos os aspectos da sustentabilidade.  Justamente por isso, contamos com renomados especialistas do mercado com larga experiências nestas áreas do conhecimento.

Em um próximo artigo, pretendemos detalhar nosso framework de implementação de programas lean e sustentabilidade, onde ambos caminham juntos.

Abraços e até a próxima…

 

Paulo A. Lozano

LLAB – Sócio-diretor

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